[Resenha] Menina Má

13:33

Menina Má
por William March
editora DarkSide

ISBN: 9788566636819
Título Original: The Bad Seed
Lançamento: 1954
Lançamento Brasil: 2016
Páginas: 272
Saiba mais: Skoob || Editora
Sinopse: Publicado originalmente em 1954, MENINA MÁ se transformou quase imediatamente em um estrondoso sucesso. Polêmico, violento, assustador eram alguns adjetivos comuns para descrever o último e mais conhecido romance de William March. Os críticos britânicos consideraram o livro apavorantemente bom. Ernest Hemingway se declarou um fã. Em menos de um ano, MENINA MÁ ganharia uma montagem nos palcos da Broadway e, em 1956, uma adaptação ao cinema indicada a quatro prêmios Oscar, incluindo o de melhor atriz para a menina Patty McComarck, que interpretou Rhoda Penmark.
Rhoda, a pequena malvada do título, é uma linda garotinha de 8 anos de idade. Mas quem vê a carinha de anjo, não suspeita do que ela é capaz. Seria ela a responsável pela morte de um coleguinha da escola? A indiferença da menina faz com que sua mãe, Christine, comece a investigar sobre crimes e psicopatas. Aos poucos, Christine consegue desvendar segredos terríveis sobre sua filha, e sobre o seu próprio passado também.
MENINA MÁ é um romance que influenciou não só a literatura como o cinema e a cultura pop. A crueldade escondida na inocência da pequena Rhoda Penmark serviria de inspiração para personagens clássicos do terror, como Damien, Chucky, Annabelle, Samara, de O Chamado, e o serial killer Dexter.


 A pequena Rhoda Penmark de 8 anos é uma criança nada normal, para a idade dela ela é considerada, por muitos, auto-suficiente e madura, mas além disso ela é amada por todos a sua volta, pois ela trata os mais velhos com respeito e é muito carinhosa, todos desejam ter uma filha que nem Rhoda, mas eles não sabem do que ela é capaz de fazer.
 Christine Penmark é filha de um grande jornalista Richard Bravo, que escreveu de maneira única sobre casos de serial killer. Christine é uma mulher forte, bonita e inteligente.
 Rhoda ficou muito chateada por não ter ganho a medalha no colégio e achou totalmente injusto, pois ela dizia que a medalha era dela e tinha que ficar com ela. Então o colégio das irmãs Fern, como todo ano fazem, promovem um piquenique perto de um lago e nesse piquenique acaba acontecendo algo terrível, ninguém sabe como ou quem foi que fez aquilo, mas a pequena Rhoda com sua personalidade "incomum" não se sente abatida com o acontecimento, mesmo quando sua mãe vai conversar com ela sobre o acidente fatídico.
 Leroy zelador do prédio atormenta todos os moradores e principalmente a pequena Rhoda, dizendo que sabe o que ela fez e ameaçando-a de dedurá-la caso ela continua sendo essa garota estranha e mal educada com ele e com isso Rhoda achando que ele realmente sabe de algo ela resolve dar um basta.
 Aos poucos Christine tenta entender porquê sua pequena Rhoda é assim e procura outros casos parecidos com o dela para tentar resolver e ajudar sua filha e com isso ela vai descobrindo mais sobre seu passado e se questiona se a culpa foi dela e do marido ou se isso seria um problema hereditário. E assim começa todo o drama da senhora Penmark e em saber como pode isso estar acontecendo, ela não conta ao marido por medo de acabar com a viagem de emprego dele, ela começa a escrever cartas contando tudo, mas essas cartas nunca foram enviadas. 
 Mas será que a maldade é como uma semente que carregamos dentro de nós e que é capaz de brotar mesmo na criança mais adorável? Esse é o principal questionamento de Christine Penmark.


 Narrativa simples e não achei nada cansativa, gostei dos personagens e isso inclui Rhoda, tá? O único que não me cativou muito foi o Leroy, achei ele muito chato e intrometido, mas ele tem uma grande importância no livro. Pelo livro ser de 1954 e ter causado um enorme impacto e choque naquela época, eu não senti nada disso deve ser pelo simples fato de estarmos acostumados com tantas barbáries que o caso de Rhoda não me causou esse choque, mas faz com que questionemos a nossa realidade, esse livro foi feito em uma época onde não era nada comum crianças cometerem barbaridades, mas a nossa realidade é muito diferente do século XX e temos que pensar em como as coisas irão estar daqui uns anos? O livro me fez questionar e muito a nossa realidade e refletir em como uma criança pode cometer crimes.  
 Sobre a edição, não tenho do que reclamar a Darkside fez e faz trabalhos incríveis e esse é mais um que é lindo. O nome Darkside já deve ser considerado um elogio tipo: "Esse é padrão Darkside". 

“Parecia-lhe que sua filha, como se pressentisse que algum fator de corpo ou de alma a separava dos seus semelhantes, tentava acobertar essa diferença simulando os valores que os outros de fato prezavam. Porém, como não havia nada de espontâneo em seu coração para orientá-la, ela precisava usar como substitutos o raciocínio, a ponderação, a experimentação, para apenas assim ir tateando e descobrindo, às cegas, o caminho para melhor arremedar as mentes e as intenções de seus modelos”


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